top of page

Vênus e Adônis

Mitologia Greco Romana

Vênus, estava brincando um dia com Cupido seu filho, quando ele feriu o seu peito com uma de suas flechas. Ela o empurrou, mas o ferimento era mais fundo do que ela podia imaginar. Antes de curar-se, um dia ela avistou Adônis, e ficou encantada por ele. Perdeu todo interesse pelos seus lugares favoritos — Pafos, Cnido, e Amatos, cidades ricas em metais.


Ela ficou ausente do céu, pois Adônis era mais querido para ela do que o próprio céu. Ela fazia questão de acompanhá-lo para fazer-lhe companhia. Ela, que gostava de amar, para depois se deitar na sombra, sem preocupações, apenas para cultivar os seus encantos, passeava agora pelas florestas e colinas, vestida como a caçadora Diana; acompanhada de seus cães, para caçar lebres e veados, ou outro animal que fosse seguro para caçar, mas afastava-se de lobos e ursos, pois cheiravam mal devido ao abate dos rebanhos. Ela avisou Adônis, também, para que tivesse cuidado com os animais perigosos. "Seja corajoso com os tímidos," dizia ela; "a coragem contra os corajosos não é uma condição segura. Acautelai-vos com a própria exposição ao perigo pois colocaríeis em risco a minha felicidade."


“Não ataque os animais que a Natureza dotou com armas. Não apreciaria tanto a tua glória a ponto de concordar em conquistá-la enfrentando tais perigos. A tua juventude, e a beleza que tanto encanta a Vênus, não deve tocar os corações dos leões e os espinhentos javalis. Pensa em suas garras terríveis e força prodigiosa! Odeio toda a raça deles. E você me pergunta o motivo?" Então, ela lhe contou a história de Atalanta e de Hipomene, que foram transformados em leões pela ingratidão que dedicavam a ela.


E depois que ela deu este aviso a ele, ela montou em sua carruagem puxada por cisnes, percorrendo o espaço infinito. Mas Adônis era ousado demais para aceitar seus conselhos. Os cães haviam despertado um javali selvagem da sua toca, e o jovem lançou a sua seta e feriu o animal com um golpe lateral. O animal, com suas mandíbulas, arrancou a flecha, e se lançou em direção a Adônis, que se virou e começou a correr; mas o javali conseguiu alcançá-lo, e enterrou suas presas na carne do caçador, deixando-o estendido e morrendo nas planícies.


Vênus, em sua carruagem puxada por cisnes, ainda não havia chegado a Chipre, quando ela ouviu, trazidos pelo vento, os gemidos do seu amado, e imediatamente girou seus corcéis de asas brancas de volta à terra. Quando foi se aproximando, e avistou do alto seu corpo sem vida banhado em sangue, ela desceu da carruagem, e inclinou-se sobre ele, batendo no peito e arrancando os cabelos. Culpando as Parcas pelo acontecido, ela falou, "A elas devemos atribuir somente um triunfo parcial; pois as lembranças do meu sofrimento irão permanecer, e o espetáculo da sua morte, meu querido Adônis, e das minhas lamentações haverão de se renovar todos os anos."


"O seu sangue se transformará em flor; e desse consolo ninguém poderá me invejar." E assim falando, ela aspergiu néctar sobre o sangue; e ao se misturarem, borbulharam rosas numa poça onde gotas de sangue haviam caído, e em questão de uma hora eis que surgiu uma flor com tons avermelhados como as sementes da romã. Mas ela tinha vida curta. Dizem que quando o vento sopra, os botões se abrem, levando as pétalas para longe; e então, a flor passou a se chamar Anêmona, também conhecida como Flor do Vento, por causa da maneira como ela cresce e se decompõe.

Informações sobre o Mito

Uma história de paixão.

Persongens da História

Recomendação de Livros

bottom of page